Não sei se meu coração acalmou-se com o reaparecimento de uma antiga paixão, ou se simplesmente eu não sinto mais aquilo por ele, ou até mesmo, se é pela certeza de que ele voltará.

Meu olhos cansaram-se de tanto chorar, eu parava e pensava " ainda hã lágrimas?" Mas a resposta vinha apressada, eu outra vez eu não conseguia segura-las, escorriam por meu rosto vagarosamente, depois de um tempo, não eram mais devagar, até que meu coração acalmava-se um pouco e elas cessavam por um momento. Não sei se estou me acostumando á sua ausencia, ou se meu coração está cansado demais para sentir sua falta de novo.

Eu sinto um afeto tão desesperador por você, algo que tem me consumido a todo segundo. Uma coisa tão grande, intensa, difícil! Eu sinto você dentro de mim, não sei se a dor é você lutando contra meu peito para sair, ou se simplesmente, eu sinto errado, e você não está lá.

Eu o pude ve-lo voltando para mim, num jardim de lírios, sob o delicado sol de outono.
Eu pude sentir meu coração novamente aquecido...
Mas as nuvens voltaram, o céu se feixou. Furioso, ele ofuscou seu sorriso, eu simplesmente não pude mais vê-lo.
A brisa antes que me refrescava, tornou-se um vento espantoso congelando meu coração novamente!

Se eu simplesmente pudesse te tocar... Se você pudesse me ver...
Se pudessemos nos abraçar mais uma vez...
Se pudessemos sentir aquilo outra vez!
Se eu pudesse te mostrar...
Hipotéticamente falando, já que realmente eu não te tenho aqui.

Eu o esperei, mas não o vi chegar. Ele não chegou, foi aí que enxerguei que ele não viria. Foi quando percebi que ele jamais seria meu inteiramente.
Eu pude vê-lo andando na direção contrária a mim. Pude sentir algo sendo arrancado insensível e brutalmente de meu peito!
Eu simplesmente vi no escuro ele se despedindo. Partindo, sumindo!
Eu odeio quando chega essa hora! Ela sempre chega quando juntos estamos. Porquê ela te tira de mim?
Porquê ela simplesmente não me deixa fazer-te amar-me?
Porquê sempre que eu consigo tocar teu coração, ela arranca o meu de mim?

O sonho de sexta-feira

   Era exatamente um sonho. Era como se fosse um, dividido, separado em dois. Separado delicadamente, deixando com que cada um dos dois derivados pudessem continuar se encaixando perfeitamente.
   Nós podiamos nos conectar, de tal forma que voltavamos a ser um só. Ele sabia me abraçar, me prender, e simplesmente me beijar de uma forma que não eramos uma mulher e um homem, e sim uma alma.